quarta-feira, 19 de setembro de 2012


      E dói, dói demais. Parece uma ferida que não sara, e, quando ameaça, torna a sangrar. E nem minha auto-confiança, auto-estima e auto-tudo-desse-mundo juntas conseguem me fazer sentir melhor.
      Como se estivesse anoitecido, e até minha própria sombra estivesse me abandonado. De repente me vejo sozinha numa sala sóbria. E o choro quer sair, sinto vergonha de chorar, mas lembro-me que não há mais ninguém por perto. Ninguém pra rir. Ninguém pra sentir pena, senão eu.  
      Sensação horrível. Sara, ferida. Passa, choro
      Alguém faz-me acreditar em mim novamente! - Inútil fazer esse pedido, quando sei que a única pessoa que o pode realizar sou eu mesma. 
      Mas vai passar, sei que vai… Mentira! Não sei de mais nada. Nem de quem sou. Minha vida não passar,agora, de um grande rabisco que vou tentando apagar aos poucos. Bem devagarinho, traço por traço. Porque qualquer movimento brusco faz a ferida voltar a doer mais.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário